quarta-feira, 18 de novembro de 2015

TRABALHANDO PATRIMÔNIO CULTURAL

De origem grega, História significa investigação, contudo, muitos ainda acham que esta disciplina é uma complexa reunião de datas, fatos, lugares e personagens de outrora. Talvez por isso se pense que a História trata do passado longínquo de sociedades nas quais nem os alunos nem os professores participaram. Como professora de História, vejo que essa ideia é equivocada, e para tornar o ensino desta disciplina significativo, é importante um trabalho em sala com recortes temáticos, que estabeleça relações entre o ontem e o hoje, e faça dos alunos sujeitos históricos.

Uma possibilidade, nesse sentido, é fazer um trabalho com fontes históricas, estabelecendo uma conexão entre o passado e o presente. Além disso, o trabalho com história local tem o poder de proporcionar ao educando reconhecer-se como agente participativo e transformador da sua história, e, consequentemente, gerar o interesse e a valorização da história local, nacional ou geral, facilitando a aprendizagem.

Diante disso, foi desenvolvido na Escola Estadual Marilda Sampaio de Almeida um trabalho com as turmas de 5º ao 9º ano no ensino fundamental, onde os alunos buscaram na localidade onde moram, um aspecto da cultura lajista, fotografaram e buscaram, junto a comunidade, informações sobre o objeto fotografado, além de entrevistas para perceber a importância dada ao objeto. Depois, em sala de aula, foram possíveis vários momentos, onde os alunos discutiram e produziram textos sobre o que foi fotografado, defendendo-o como patrimônio cultural de Laje.

O trabalho foi muito importante, pois permitiu que os alunos aprendessem a resgatar a memória da comunidade e se sentissem parte da construção da história como um processo investigativo. Depois houve um momento de socialização dos melhores trabalhos para toda a escola.

Aqui postei os trabalhos dos alunos no sentido de compartilhar essa experiência enriquecedora. O mais significativo não é avaliar a composição do texto, se tem característica cientifica, mas de perceber, na simplicidade dos textos produzidos, a riqueza do que cada equipe de trabalho aprendeu no desenvolvimento do trabalho. Agora, a visão de História não é mais a mesma para esses alunos.

Floriane da Silva Santos
Especialista em História Local

terça-feira, 17 de novembro de 2015

CRUZEIRO

EQUIPE:

  • Alan Fernandes dos Santos
  • Jany Evelly de Jesus Santiago
  • Julianna da Silva Costa
  • Nailane Brandão dos Santos
  • Vaneska Silva Santos
9º ANO B

Cruzeiro é uma cruz, geralmente de pedra, colocada sobre uma plataforma com alguns degraus, também pode ser encontrada em áreas externas das igrejas, em cemitérios, em lugares elevados, em praças, ou em encruzilhadas de caminhos. Em Laje, município localizado no Vale do Jiquiriçá, estado da Bahia, um cruzeiro foi erguido em uma montanha rochosa, que atrai a atenção tando dos moradores da cidade, como dos visitantes.

Foto do Cruzeiro visto do centro da cidade, tirada do Belvedere, localizado em frente ao cruzeiro, na margem esquerda do Rio Jiquiriçá, onde a visualização é bem próxima, mostrando em meio à vegetação, a montanha rochosa e o cruzeiro. (Foto de Julianna Costa, julho/2015).

O cruzeiro encontra-se em cima de um rochedo, que está localizado na margem direita do Rio Jiquiriçá, na estrada que dá acesso a uma localidade rural de Laje, chamada Ronco D'Água, e pode ser visto de vários lugares da área urbana, para lembrar, a quem olhar, a sua fé, ou seja, sua crença em Cristo que morreu na cruz para salvar a humanidade.

FOTOS TIRADAS DE VÁRIAS RUAS DA CIDADE DE LAJE:

O Cruzeiro visualizado do centro da cidade, na Praça da Matriz, fotografado ao lado da Igreja Matriz, mostrando um pedaço da antiga prefeitura. (Foto de Jany Evelly Santiago, julho/2015).

Nesta foto, o Cruzeiro é visto da Rua 20 de Julho. (Foto de Julianna Costa, julho/2015)

Cruzeiro fotografado da Rua Senhor do Bonfim, conhecida como Rua do Cemitério. (Idem)

Foto tirada de dentro do cemitério da cidade. (Idem).

Monumento do Cruzeiro visualizado da Rua Raimundo José de Almeida, onde está o Centro Administrativo de Laje. (Idem).

Foto da cruz tirada da Rua da Ladeira, mostrando todo o monte na lado esquerdo. (Idem).

Agora, um panorama belíssimo da cidade, visualizado de um dos pontos mais alto da cidade, na Rua da Ladeira. Nesta foto, é possível ter uma ideia da localização do Cruzeiro. (Idem).

Cruzeiro visualizado do Loteamento Santana, outro ponto alto da cidade, próximo a Rádio Líder FM. (idem )

Sobre o ano de sua construção é incerto, entre as décadas de 1950 e 1960. Feita de concreto, com cerca de 3 metros de altura, o Cruzeiro é usado pela Igreja Católica como ponto d chegada de caminhadas penitenciais, pois é um símbolo religioso que representa a cruz onde Cristo havia sido pregado. Como marco da Igreja Cristã, também é importante para outras religiões que usam a cruz na adoração.

Foto do cruzeiro, vista de frente com algumas plantas, tirada no alto do rochedo. (Foto de Jany Evelly Santiago, junho/2015).

Não pode ser esquecido como ponto turístico, que atrai muitos curiosos, que se dirigem até o local a pé, enfrentando o cansaço da caminhada, para de lá visualizar a beleza e a sensação de paz proporcionada pelo contado com a natureza.

FOTOS TIRADAS NO ALTO DO CRUZEIRO:

Foto tirada da subida do rochedo, onde mostra sua vegetação, e lá no alto, o Cruzeiro. é possível ver uma tela, onde são colocadas mensagens iluminadas para as pessoas que o observa a noite. Atualmente temos a mensagem "BOAS FESTAS". (Idem).

Foto bem próxima ao Cruzeiro, que mostra o canteiro construído sobre a pedra, e nele, a cruz, flores e um dos refletores que o ilumina a noite. (Idem).

Cruzeiro visto de lado, foto tirada do alto do Cruzeiro. Nela é possível ver os detalhes da pedra, do canteiro construído e a tela onde está a mensagem BOAS FESTAS. (Idem)

Pôr do sol visualizado do alto do Cruzeiro, uma das atrações para os visitantes do local, assim como o nascer do sol. (Foto de Juluanna Costa)

Foto da Cruz sedo iluminada pelo sol. (Idem)

Vista panorâmica de parte da cidade de Laje. Lá no alto está a Rua da Ladeira. Além de contemplar o nascer e o pôr do sol, também é possível admirar a beleza do Rio Jiquiriçá e da nossa cidade.

A cruz é cheia de superstições e histórias, algumas inusitadas. Entrevistamos a senhora Rita, uma mulher bem religiosa, ela nos contou que "certo dia, dois homens brigavam, ocasionando a morte de ambos, que melaram d sangue a cruz que anteriormente ficava na frente da igreja. O padre então resolveu mudar a cruz de lugar, para cima do rochedo..." Várias histórias rodam a cruz, muitas incertas. Ela também nos falou que a cruz tem grande significado para a Igreja Católica, toda sexta-feira santa ou da paixão, é feita uma peregrinação até o Cruzeiro, e lá fazem um momento de oração.

Esta cruz é um patrimônio cultural porque está ligada aos costumes religiosos do povo lajista. Além disso, a história tem sido conservada e relembrada pelo povo, sendo d alto valor cultural. É usada para relembrar a fé a cada dia, um patrimônio material, e principalmente, um patrimônio da fé.

RIO JIQUIRIÇÁ

EQUIPE:

  • Francisco
  • Denilson
  • Carlos
  • Elias
  • Vitória
9º ANO B

Nós escolhemos o Rio Jiquiriçá como patrimônio cultural porque ele tem grande importância para a cidade de Laje.








A s fotos tiradas foram de alguns trechos do Rio Jiquiriçá na cidade de Laje.

O Rio Jiquiriçá nasce no município de Maracás e deságua no mar, entre os municípios de Valença e Jaguaripe. No percurso, ele passa pelas cidades de Maracás, Planaltina, Lajedo de Tabocal, Itiruçu, Jaguaquara, Santa Inês, Ubaíra, Jiquiriçá, Mutuípe, Laje, Jaguaripe e Valença.

Suas condições é precária, pois está poluído devido a lixo e esgotos de muitas dessas cidades serem jogados nele. Na verdade, os rios são fontes de vida, um dos recursos naturais indispensáveis aos seres vivos. Ele é usado pela população ribeirinha para pescar, lavagem de caro, irrigação, dentre outras coisas. Além disso, os animais da fauna local consome da água. 

Diante da importância dos rios para a sobrevivência, nos consideramos o Rio Jiquiriçá um patrimônio cultural da cidade de Laje, pois a sua preservação é de extrema importância para a manutenção da vida na região.

PORTAL DA CIDADE DE LAJE

EQUIPE:

  • Amanda Oliveira Santos
  • Bruno Costa da Paixão
  • Damares Vitória Freitas
  • Érica de Souza Pereira
  • Thainá Silva Menezes
9º ANO B


O portal da cidade de Laje, cujo tema é "A força da pedra , o verde do Vale", fica localizado no Entrocamento de Laje, e tem o objetivo de informar a entrada da cidade, mostrando o que a caracteriza: os lajedos e pedras.

Podemos dizer que patrimônio cultural é o conjunto de bens materiais e imateriais que contam a história de gerações através de sua arquitetura, como o portal da cidade com a frase "A força da pedra, o verde do Vale". A principal característica desse patrimônio é a sua conservação e sua vinculação às característica do lugar, pedras, vegetação, e sua localização, Vale do Jiquiriçá.

Nesta foto podemos observar a frase, uma montanha de pedra que apoia as letras, que contrasta com a vegetação local, dando uma amostra do que pode ser visto pelo caminho até chegar a cidade: uma paisagem natural imensa, muitos verdes, muitas matas, lajedos, etc. que encanta como uma poesia.

O portal da cidade é usado como referência para marcar o caminho, como pode ser visualizado nesta foto. Ele é o primeiro local visto por quem visita o Vale, ajudando as pessoas e ao mesmo tempo motivando a conhecer melhor a bela cidade.

Desse ângulo, o verde se destaca. o portal serve como um modo de atenção para os que visita a região pela primeira vez. 

Nesta foto, as pedras são evidenciadas. Comparando-a com a anterior, podemos perceber que em estação diferente, a visão modifica. No inverno o verde se destaca, enquanto no verão, os pedras.

Usamos o tema do portal da cidade, com o objetivo de mostrar que ele também é algo importante na nassa cidade. Ele serve como ponto turístico e como localizador da entrada da cidade. Por isso, escolhemos o portal como patrimônio cultural por ser importante para nosso cidade.

Segundo a entrevistada, a senhora Edileuza de Jesus Ferreira Pereira, o portal da cidade é muito importante para mostrar a chegada da nossa cidade, e também a frase exposta é muito linda. Já a senhora Nair Borges, falou que o portal é importante para nossa cidade por ser um ponto turístico.

O portal da cidade de Laje é um patrimônio cultural, pois através dele é possível conscientizar os indivíduos, proporcionando aos mesmos a aquisição do conhecimento para a compreensão da história local. Daí a sua importância.

CEMITÉRIO DE LAJE

EQUIPE:

  • Anderson Oliveira Santos
  • Vanessa Verena dos Santos
  • Laila Barbosa Mota
  • Wenndel Silva dos Santos
  • Yara Karinne Costa dos Santos
9º ANO B

O cemitério é um lugar onde são sepultados os cadáveres, ou seja, é o lugar onde ocorre enterros humanos. Ao longo dos anos, o número de mortos aumenta constantemente, o que provoca a diminuição de espaço para os sepultamentos.

O cemitério de Laje foi construído em 1985, está localizado na Rua Senhor do Bonfim, mais conhecida como Rua do Cemitério, ou simplesmente Rua do CEMI, e funciona das 8:00 as 15:00 horas. As pessoas que se envolvem são o senhor Marcos, o coveiro, e outras pessoas que não tiveram seus nomes divulgados.

Placa de identificação do Cemitério de Laje.

Placa de identificação da Casa de Oração que é parte integrada ao Cemitério. Onde o corpo pode ser velado antes do enterro.



Entrada do Cemitério.

Frente da Casa de Oração e o muro do cemitério.




Túmulos

Local onde as pessoas acendem velas e colocam imagens para seus entes queridos.

Parte interna do cemitério.


Casa de oração

Crucifixo que fica pendurado na casa de oração. 

Entrevistamos o corveiro, o senhor Marcos, com experiência de 12 anos de profissão. Segundo ele, o cemitério é muito impostante para os moradores, pois é o lugar que seus entes queridos tem seu "descanso". Ele afirmou também que no cemitério de Laje não se encontra mais vagas para sepultamento, só quem tem carneira de família.

A senhora Marize, que já morou 22 anos em frente a casa de oração, fala sobre o que via e ouviu naquele lugar: "eu viu de tudo naquele cemitério, choro, desespero, sofrimento e até risadas no momento de enterro e velórios". Segundo ela, já perdeu as contas de quantos enterros e velórios viu naquele cemitério.

COLÉGIO ESTADUAL JUVENÍLIA PEIXOTO SAMPAIO - CEJUPS

EQUIPE:

  • Kassandra Luíza Rodrigues dos Santos
  • Bruna Ferreira Sacramento Silva
9º ANO B

A escola tem grande importância para a sociedade, e sem ela os cidadãos não teriam como se desenvolver. 

O Colégio Estadual Juvenília Peixoto Sampaio, que foi fundado em 7 de abril de 1967 pela professora Oliva Araújo, fica da Praça Lomanto Júnior, no centro da cidade de Laje-Ba. O objetivo da escola é proporcionar um ensino de qualidade para seus alunos. Ela atende a turmas do 1º ao 3º ano do ensino médio, preparando os estudantes para a faculdade no futuro, tendo 6 turmas no turno matutino, 6 no vespertino e 4 no noturno.


Foto da construção do CEJUPS, 1967, tirada pela professora e diretora Oliva Araújo.

Foto tirada em 2006 pelo funcionário Rogério.

Foto atual tirada pela diretora Analúcia.

CAPS - CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ALMIR PEIXOTO

EQUIPE:

  • Léa
  • Gilvana
  • Yasmim
  • Marília
  • Karoline
9º ANO B

O Centro de Atenção Psicossocial - CAPS, é um serviço para cuidado e integração de pessoas com necessidades em decorrência do uso de álcool, crack ou outras drogas. o CAPS apoia usuários e famílias em busca de independência e responsabilidade para seu tratamento. É uma instituição brasileira que visa substituição de hospital psiquiátrico. e geralmente dispõe de uma equipe de multiprofissionais composto por médicos, psiquiatra, clínico geral, psicólogos, dentre outros.



O CAPS de Laje, que tem o nome de Almir Peixoto, fica na Avenida Luis Eduardo Magalhães, e foi inaugurado em 29 de março de 2008. É um lugar frequentado por pessoas com diferentes problemas, principalmente os portadores de transtorno mentais, que precisam de tratamento e saem de lá melhores, calmas e controladas. é um órgão mantido pela prefeitura, os funcionários são extremamente capacitados e amam o que fazem. Além dos tratamentos com remédios, as pessoas participam de outras atividades que podem contribuir com seu tratamentos como artesanato. Funciona das 8:00h as 16:00h, com atividades variadas: acolhimento, consultas, oficinas, administração de medicamentos, dentre outras. O número de pessoas por grupo varia de 10 a 20 pessoas por oficina.

Entrevistamos algumas pessoas que frequentam o CAPS. A senhora Maria das Graças Ferreira Oliveira, 45 anos e moradora da Rua do Calabar, afirma que o CAPS é ajuda muito em seus problemas de saúde, em vez de ficar parada,ela fica atenta e feliz. 

A senhora Delina Silva Costa, 55 anos e moradora do Km 6, afirma que gosta muito do serviço do CAPS, pois cuida de cada um com amor paciência e carinho, todos bem cuidados com remédios e lanches. Ela vai ao CAPS devido ao problema com álcool, e precisa de remédios para se controlar, pois o vício lhe prejudica muito.